Descoberto em 6 de Dezembro 1492 por Cristovão Colombo, a ilha de Ispaniola foi explorada pelos espanhóis para seu ouro. Muitos negros escravos foram transportados desde a Dahomey(africa). A população aborígene desapareceu em poucas décadas. Alguns índios foram absorvidos pelo cruzamentos com os recém-chegados da Europa e África.
Já em 1530 os espanhois deixarão a parte oeste da ilha para a parte oriental, que guardava ainda um pouco de ouro. Os francês então tornarão-se interessados na parte ocidental da ilha e a ocuparão gradualmente.
As Culturas (tabaco, indigo, açúcar, café) precisavam muitas mãos de obras, Por consequencia o comércio de escravos se intensificou. Muito rapidamente, a colônia de Saint-Domingue tornou-se o mais rico no Caribe.
Em 1789, na véspera da Revolução francesa, as grandes plantações empregarão quase de 500.000 escravos negros para 32.000 brancos e 28.000 pessoas de cor livres (mulatas ou metis e escravos libertados).
No final do século XVIII, os negros revoltaram-se, liderados por Toussaint L'Ouverture, levaram a uma guerra de libertação. Este último se junta com a República francesa, que pretendeu abolir a escravidão em todas as colônias francesas. Ele estendeu sua autoridade sobre toda a ilha ao invadir a parte espanhola e restaurou a economia de plantação. Bonaparte, com o objetivo de reestabelecer a escravidão, decidiu intervir e mandou “a expedição de São Domingo”.
Apesar de Toussaint Louverture foi preso e enviado para a França, seus generais impuseram uma pesada derrota para a França. São Domingo retomou seu nome indígena de Haiti e tornou-se a primeira república negra livre do mundo no dia 01/01/1804.
Mas recem criado a República do Haiti já estava em dívida: a França não reconhece a independência do país, em 1825, em troca de uma compensação de 150 milhões de francos ouro (os haitianos vão desempenhar até 1888).
Rapidamente, explosão de conflitos entre os generais da parte ocidental da ilha. Este é o início de uma luta pela influência, que já não vai parar até aos nossos dias de hoje entre a minoria de mulato e a maioria dos negros. Os franceses que permaneceram na parte oriental da ilha foram derrotados pelos moradores que se entreguem sob a autoridade espanhola, antes da proclamação da independência da República Dominicana, em 1821.
Durante os três quartos de século que se seguirao, o Haiti se afundou nas hostilidades nas violencas políticas, um presidente perseguindo o outro (nove seguido entre 1908 e 1915). No inicio do século XX, os Estados Unidos começaram a investir no Haiti e em seguida ocupou militarmente a ilha em 1915, especificamente para defender os interesses económicos. Eles tomarão o controle da aduaneira e da administração; 40% da receita do estado, portanto, passaram diretamente sob o controle dos Estados Unidos. Enfrentando a crise econômica e a crescente hostilidade dos haitianos, as tropas americanos deixarão o território em 1934.
Seguiu-se um período de turbulência, marcado por greves, golpes de estado, ataques terroristas, durante o qual o exército garantiu duas transições e organizou eleições presidenciais por sufrágio universal.
Em 1957, François Duvalier ("Papa Doc") foi eleito Presidente, nomeadamente através do apoio dos negros que viam nele, uma maneira de pôr fim ao reinado dos "mulatos". Uma política repressiva foi imposta desde o início, contando com uma milícia paramilitar conhecida como os "tonton macoutes". Na sua morte, em 1971, Jean-Claude Duvalier, idade 19 (Baby doc), ficou na Presidência. Ele começou uma tímida liberalização do regime que se afundou na corrupção e incompetência. Em 1986, ele foi deposto por uma insurreição popular e fugiu para a França.
O fim dos Duvaliers não significou o fim das ditaduras. Tinha que esperar o ano 1990 para que o general “Prosper Avril” (chegado ao poder por golpe de estado em 1988) de deixar o poder sob pressão americana e que as eleições podem ser realizadas sob controlo internacional. Elas levarão ao poder um ex-padre: Jean-Bertrand Aristide. Derrubado em 1991, em seguida, voltou ao poder pelos Estados Unidos em 1994. Pelas eleições de 1995 Aristide deixou o poder para um de seus parentes, René Préval, antes de ser re-eleito em 2000, numa votação marcada por irregularidades. As violências recomeçarão, o tráfico de drogas subiu. Aristide armou os gangues chamados de "Chimeres" responsáveis por perseguir e maltratar todos os adversários; Haiti vive novamente no terror. Em 2004, sob a pressão popular, dos braços armados da oposição e dos militares francês e americanos, Jean-Bertrand Aristide acabou de renunciar ao poder e foi exilado na África, ele finalmente foi recebido pela África do Sul.
Aristide foi retirado do país por militares norte-americanos em 29 de fevereiro, contra sua vontade, e conseguiu asilo na África do Sul. De acordo com as regras de sucessão constitucional, o presidente do Supremo Tribunal (Cour supremo), Bonifácio Alexandre, assumiu a presidência interinamente e requisitou, de imediato, assistência das Nações Unidas para apoiar uma transição política pacífica e constitucional e manter a segurança interna. Nesse sentido, o Conselho de Segurança (CS) aprovou o envio da Força Multinacional Interina (MIF), liderada pelo Brasil, que prontamente iniciou seu desdobramento.
Considerando que a situação no Haiti ainda constitui ameaça para a paz internacional e a segurança na região, o CS decidiu estabelecer a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), que assumiu a autoridade exercida pela MIF em 1º de junho de 2004.
Para o comando do componente militar da MINUSTAH (Force Comande) foi designado o General “Augusto Heleno Ribeiro Pereira”, do Exército Brasileiro, posteriormente sucedido pelo General Urano Teixeira da Mata Bacelar que morreu no Haiti em Janeiro de 2006. (assassinado)
O efetivo autorizado para o contingente militar é de 6.700 homens, oriundos dos seguintes países contribuintes: Argentina, Benim, Bolívia, Brasil, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai.
Em 2006, René Préval foi re-eleito presidente no primeiro turno.
Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de proporções catastróficas, com magnitude sísmica 7,0 na escala de magnitude de momento (7.3 na escala de Richter ), atingiu o país a aproximadamente 22 quilômetros da capital, Porto Príncipe. Em seguida, foram sentidos na área múltiplos tremores com magnitude em torno de 5.9 graus. O palácio presidencial, várias escolas, hospitais e outras construções ficaram destruídos após o terremoto e estima-se que 80% das construções de Porto Príncipe foram destruídas ou seriamente danificadas. O número de mortos não é conhecido com precisão. Em 3 de fevereiro, o Premiê Jean-Max Bellerive afirmou que já passa de 300 mil o número de mortos, e o número de desabrigados pode chegar aos três milhões. Diversos países disponibilizaram recursos em dinheiro para amenizar o sofrimento do país mais pobre do continente americano. Segundo as Nações Unidas, o sismo foi o pior desastre já enfrentado pela organização desde sua criação em 1945.
GEOGRAFIA DO HAITI
País das Caraíbas. O Haiti ocupa a parte ocidental da ilha de Hispaniola, uma das Grandes Antilhas do mar das Caraíbas,e abrange uma área de 27 750 km2.
Faz fronteira com a República Dominicana a leste e é banhado pelo oceano Atlântico a norte e pelo mar das Caraíbas a oeste e a sul.
As principais cidades são Portau Prince, a capital,com 1.156.400 habitantes (2004), Carrefour (399 100 hab.), Delmas (338 700 hab.), CapHaïtien (129 500 hab.) e Pétionville (98100 hab.). A paisagem haitiana é dominada pela
sucessão de sistemas montanhosos cortados por planícies férteis e densamente povoadas.
CLIMA DO HAITI
O clima é tropical húmido, embora possua características próprias resultantes da altitude e da forte influência marítima.
ECONOMIA DO HAITI
No século XVIII, o Haiti, então chamado de Saint-Domingue, e governado pelos franceses, era a mais próspera colônia no Novo Mundo. Seu solo enormemente fértil produzia uma grande abundância de colheitas e atraiu milhares de colonizadores franceses.
Desde o período de colonização o Haiti possui uma economia primária. Produzia açúcar de excelente qualidade, que concorreu com o açúcar brasileiro no século XVII e junto com toda produção das Antilhas serviu para a desvalorização do açúcar brasileiro na Europa. Após vários regimes ditatoriais, hoje em dia seu principal produto de exportação ainda continua sendo o açúcar, além de outros produtos como banana, manga, milho, batata-doce, legumes, tubérculos e muito mais.
Atualmente sua economia se encontra destroçada e em ruínas. O país permanece extremamente pobre e sem perspectivas em curto prazo, sendo o mais pobre da América, 45,2% da população é analfabeta, a expectativa de vida é de apenas 60,9 anos. Sua renda per capita é extremamente baixa.
Religião
As religiões mais representativas são catolicismo (69%) e o protestantismo (24%).
Muitos haitianos praticam o vodu.
A HISTORIA DO HAITI DE 1492 Á 2010


